Do que há de ser

Não há nada mais belo que o que há de ser natural

Que o mar que se funde ao céu, e o vento, e a luz

Aquela assim meio a meio, que não é nem deixa de ser

Não há de haver nada mais belo que amar

E cada nuance de cada poro vivo de um ser

Não há de ser nada tão profundo

Quanto o desejo puro natural tão belo

Não há luz que não seja treva quando não se sta

Roubados dias, segundos levados

Sal e gota e cada grão é parte infinita de um todo

E eu sou toda a vida que se prolonga em mim

No infinito pessoal, dentro de cada gota de lágrima largada

Não é manhã que resolve a falta

É vento que bate balança cansa

É outra dança, chance de caminhar

Não há de haver nada mais infinito que o mar

Nada mais inconsciente e profundo

Que as profundezas da alma, do oceano

Da escuridão do fundo daquilo que guarda o sentir

Não há de haver nada mais traiçoeiro que o amar

Nada que amedronte tanto quanto

O fundo sem fim da superfície

A água é a vida e a vida é aquilo que vai

Nada nesse mundo todo em sua grandeza

Há de ser potência maior que a paixão

Elle Henriques
Enviado por Elle Henriques em 14/02/2008
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