Do que há de ser
Não há nada mais belo que o que há de ser natural
Que o mar que se funde ao céu, e o vento, e a luz
Aquela assim meio a meio, que não é nem deixa de ser
Não há de haver nada mais belo que amar
E cada nuance de cada poro vivo de um ser
Não há de ser nada tão profundo
Quanto o desejo puro natural tão belo
Não há luz que não seja treva quando não se sta
Roubados dias, segundos levados
Sal e gota e cada grão é parte infinita de um todo
E eu sou toda a vida que se prolonga em mim
No infinito pessoal, dentro de cada gota de lágrima largada
Não é manhã que resolve a falta
É vento que bate balança cansa
É outra dança, chance de caminhar
Não há de haver nada mais infinito que o mar
Nada mais inconsciente e profundo
Que as profundezas da alma, do oceano
Da escuridão do fundo daquilo que guarda o sentir
Não há de haver nada mais traiçoeiro que o amar
Nada que amedronte tanto quanto
O fundo sem fim da superfície
A água é a vida e a vida é aquilo que vai
Nada nesse mundo todo em sua grandeza
Há de ser potência maior que a paixão