Sereno do abandono
Luzes que apagam
Acende meu caminho
E divide a solução
Para minha tristeza
Que não alcança o silencio,
Fico pernoitando
No barulho do nada
Revoltado, camuflado
Com o ardor da desordem.
Na minha ordem
Não celebro o ideal
Sofro na deriva
Sem entender
O que passa,
Porém condenso só
No declive
Do meu sentimento.
Faço-me de desentendido
Para orquestrar
A seiva da felicidade
Já que a desilusão
Tenta mascarar meu ego,
O olhar que direciono
Faz enxergar o abandono
Que a estrada condenou-me
E pairo no desalento
Só com a dor
E o véu no pensamento.