NAS MÃOS DE UMA MULHER

Nas linhas apressadas

que eu leio, vejo um mundo

de riscos e mistérios.

Das mãos de menina, sobraram

aromas de sonhos pueris.

Nas mãos da mulher, a fome

de matar o próprio medo.

Desvendar segredos, que ela

nem ousa revelar...

Nas roucas linhas, nos afoitos

rabiscos...pulsação acelerada.

Essa mulher-madrugada, veste-se

de luas, quando revela-se humana.

Mas quem é ela afinal?

É um silêncio anormal, que agita

seus ciclos, seus números, e

suas pupílas.

Ela é feita de argila e alma

de sol e de sombra...

Ela é a própria criatura, que

o homem tanto desejou estar...

Bem assim, nas mãos de uma mulher.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 08/03/2008
Código do texto: T892566
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