MARIONETES
Sim é um sonho eu sei
Mas, quem disse que não posso realizar?
Eu não quero que com o passar dos anos
tenha que me arrepender
ficando alienada, cega pelos desenganos
por ter desistido de tentar.
E aí sem remédio ao meu sofrer e
ainda, surda ante os estrondos dos fracassos.
Carregando mudas as cordas da esperança,
já não possa retroceder em meus passos.
Restando apenas a simples bonança
de palavras cruas vestidas de poesia.
Vendo e vivendo essa tristeza
que eu não imaginava, que eu não queria,
invadindo e habitando meu pensamento.
Pra depois num toque mágico,
exibirem-se como o triste e belo
marchetado num lamento,
traçado em sonetos de um fugaz paralelo.
Por isso, não importa se hoje,
os caminhos são tortos, preciso abrir as portas.
O que eu não posso é no futuro
ver todas minhas marionetes mortas!