Reformulo...

Abro os olhos e percebo...

Não... você não está lá.

A miragem se desfaz, a ilusão se desfaz, o sentimento se refaz...

E reformulo minha teoria,

Reformulo meu dia...

Reformulo minha alegria.

Uma dose a mais de agonia.

Apenas...

Apenas uma a mais.

Os sentimentos correm as paredes, e nas mesmas observo...

Os retratos são felizes, onde eu deveria estar?

Aquela curva que se faz em seu sorriso será mesmo real?

Eu me identifico... em cada curva me identifico.

E reformulo meu pensamento.

Reformulo meu contentamento...

Reformulo as fórmulas dessa vida...

Reformulo a porta de entrada, a de saída...

A válvula de escape...

O sonho perfeito.

Abro os olhos e sinto o frio correr as veias...

O sangue gela e é como se eu pudesse respirar seu ar...

Não há saudade. Não há esperança. Apenas pensamento...

E um vácuo tomando conta desse lugar.

Quarto vazio.

Coração vazio.

Olhos vazios...

Rumo vazio...

E olho... Não. Você não está lá.

Viro-me.

Volto a dormir...

E reformulo minha maneira de sonhar...

Senão de olhos abertos...

Agora, em profundo sono...

Com o corpo abraçado ao vento...

Com a mente elevada ao pensamento...

E o coração pulsando o sentimento...