PODAS E PRIMAVERAS

E as palavras foram podadas.

A mão do poeta enroscou-se

em galhos.

Sangrou uma gota de existência,

pingou do seu rosto, a essência

mais pura.

E as palavras foram lapidadas...

Morreram dores e desafetos,

Nasceram flores e tetos bordados

por mãos calejadas...

Sábias cores diluídas na imensidão

da alma.

Um grito rouco de despedida...

E por entre os dedos, ramos

perfumados de novas vidas...

LuciAne 05/04/2008

10:21

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 05/04/2008
Código do texto: T932412
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.