PODAS E PRIMAVERAS
E as palavras foram podadas.
A mão do poeta enroscou-se
em galhos.
Sangrou uma gota de existência,
pingou do seu rosto, a essência
mais pura.
E as palavras foram lapidadas...
Morreram dores e desafetos,
Nasceram flores e tetos bordados
por mãos calejadas...
Sábias cores diluídas na imensidão
da alma.
Um grito rouco de despedida...
E por entre os dedos, ramos
perfumados de novas vidas...
LuciAne 05/04/2008
10:21