Prisão desaguada

Queria poder

Sentir todas as imaginações

E perceber o gosto

Imensurável de ambas

Para dilacerar o silencia

Preso dos arredores

Do coração amargurado

Por tantas indiferenças

Frustradas e amedrontadas

Pelo suor da timidez

Que trafega no peito

Dos medrosos por natureza.

Um medo do invisível

O assombro do intangível

A subjetividade solta

Esclarecendo a virtude

Que condena tal emoção,

A viver confrontado

Com o teor do coração.

A vontade não é o gosto

Que pode filtrar

O desejo sem sossego

E sim o desaguado

E rastreado sofrimento

Implantado no ser

Ou digerido na vida

Encurtando os passos

De quem quer conhecer

O mundo sem amarras.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 06/04/2008
Código do texto: T933954
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