Outro infinito

Nem fato, nem ato

Um hiato do entendimento

Calou minha compreensão

Correu depressa para um abraço

Num trote rápido

Fez-me espera

Nesta era que estou sobra

De algum alguém

Hoje felicito-me por ter-me assim

Sem quase e sem sempre

Ando-me aos passos

Sem importar-me quem faz troça

À quem na poça

Vê o luar sem fim

Todos os jogos são aparentes

Há quem não agüente

E busca o término nos vultos

Quando incólumes passam

Como se o fim de uma vida

Iniciasse ao morrer

Aurora há no brilho de um olhar

De cores tão silenciosas

Acalentam-me sonhado orvalho

Ante o flanar dos pássaros

Como quem pisa o próprio peito

No amor refeito para um outro infinito

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 09/04/2008
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