Sofrimento duradouro

A dor que amargurou

Impregna meu corpo

Com a carniça

Que ficou para trás,

Fazendo-me de cúmplice

Do que um dia foi

E já não é mais,

Porém numa floresta

Deparei-me a perder

Os detalhes do caminho

Que me levaria

A isolação do absurdo.

Uma vitima do cônjuge

Deflagrada a deriva

Do medo descomunal,

Cultivada na demanda

Que floresceu o desencontro

E o que deveria ser encontro

Sacudiu-me sem parar

Procurando o espaço

Para esmaecer

O pouco que resta do meu ser.

Na varando do descanso

Fica a fé que não morre

E por trás da ilusão

Vem o que trafega

Nas profundezas

Do coração cansado

Te tanto cair sem topar

Na vereda cruel

Que me desdém a hospedar.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 12/04/2008
Código do texto: T943168
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