Para parecer que estou contente...

É a vida... Mas que vida é essa?

Os amores são fumaça, apenas.

É por isso que a gente apressa

E esquece das coisas pequenas.

Eu esqueço de viver às vezes

Quando vivo por outra pessoa.

Perco os meus dias, os meus meses,

Vivendo um amor à toa...

Acho que estou escrevendo

(Digo isto eu, como o poeta)

Pra imaginar que estou vivendo

E fazendo sempre a coisa certa.

Mas entendo pra que servem dores

(pelo menos dores de poeta)!

Pra fazer esquecer os amores

E fazer a rima ser completa.

Toda poesia tem um pouco

De amor ou ódio (se é que existe).

E eu, poeta, vou ficando louco,

Pois escrevo quando estou triste.

Eu não acho justo o que faço

Com as poesias que componho.

Sinto-me às vezes um palhaço

Falando do meu próprio sonho...

Mas o que me causa uma revolta

É que a inspiração só aparece

Quando o “velho eu” está de volta

E a dor, dentro do peito, cresce...

Vinny França
Enviado por Vinny França em 18/04/2008
Código do texto: T951833
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