Vento

O uivo do vento cortante

Feridas abertas, cultivadas

São pretendidos os sons das cores

Os sons das rosas quando desabrocham

O doce som do silêncio

Em suas garras predatórias onde se cultivam as flores

O uivo dilacerado do vento ressurge a cada pétala

Na espera de sua retaliação

Eis que surge suave, como carícias flutuantes

No gelo branco, imaculado

Tão tenro, tão suave

Cercado pelo vento a sua espera