REALIDADES E DEVANEIOS

São tantos pensamentos sublimes,

Arraigados em infinitas utopias;

Presos por atos prudentes,

Livres por filosofias.

São tantos delírios requintados,

Subseqüentemente flexíveis;

De muitas lágrimas regados,

Por muitos inconcebíveis.

São tantos desejos incertos

De certo modo ilusos

Que da nossa mente, por certo,

Fogem por caírem em desuso.

São tantos momentos de euforias

Brincando com nossa extrema paciência,

Como inumeráveis terapias

Revelando incessante impotência.

São tantos e tantos questionamentos

Levando-nos a meditar:

Será que realmente existimos,

Ou apenas a vida é um sonhar?