Horas de metal

É pois o vapor de mais uma noite.

Tal como idas à praia.

É nostalgia!

que os grilos atiçam.

Meu despertador de cabeceira

É barulhento e

coabita minha paciência.

Ele soa, insiste e Existe.

E para mim é como se não fosse.

- Ele é de metal!

Não me responde

e aos meus sonhos não atende.

Diz do mal o sentimental

- E a resposta?

E pergunto do pecado da vida

Da metafísica das coisas

Da cosmopoligenia animal

E o ônibus passa

- atrasado - para o serviço

A hora vai carcomida

na poeira do tempo.

- Meu relógio é de Metal!

Ele me responde:

canções badaladas e

Eu não quero ouvir.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 11/03/2013
Reeditado em 05/03/2014
Código do texto: T4182875
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.