Manhãs cinzentas

As manhãs cinzentas tomam de assalto o coração,

Aquele frio conjugado com a neblina espessa,

Arrebata os sentimentos que borbulham internamente.

E sob as intrépidas sensações,

Somos impelidos a refletir, erigidos com a égide.

De nossas próprias convicções.

E esta atmosfera ardente, fervilhante,

Nos empurra tenazmente para o abismo,

Da transcendência lúcida,

Ou de uma sã loucura.

Ser senhor do próprio pensamento,

Pode parecer notoriamente fácil,

Uma tarefa deveras alcançável.

Entretanto nem sempre se configura,

Sob este prisma translúcido.

E alojados em nossas próprias prisões,

Tentamos discernir o real do irreal,

O extraordinário do racional,

E em meio a este intrincado arcabouço,

Vivemos,

Embebidos em antagonismos que nos dilaceram.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 23/08/2013
Reeditado em 23/08/2013
Código do texto: T4447878
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