EU VIVI...

Eu vi a rosa que desbotava

Era a vida que já se ia

Beija-flores sobrevoavam

E para beijos não mais servia...

Eu vi relógios tardando o tempo

Era a labuta que não cessava

O amado encontro que não vinha

Os sonhos que disparavam...

Eu vi pessoas num desperdício vil

Era a fartura claramente injusta

No lixo, para alguns, o banquete

Na dor, a vida jamais é curta

Eu vi gigantes nobremente humanos

E pequeninos humilhando os seus

Era a necessidade de impor poder

N'outro, o ensinado por Deus

Eu vi amigos com sorrisos largos

Trazendo fardos que ninguém via

Sempre que pude, cedi meus ombros

Só passar pela vida não me servia.

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POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 31/08/2013
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