Hoje desejei a morte....

Em dias de profunda reflexão
tudo tão rápido em minha mente
sinto descolado o coração
uma imensurável dor na mente.

Neste emaranhado de solidão
numa noite intensa e tão fria
um vazio é a sensação
uma verdadeira agonia.

Coloquei-me sobre o travesseiro
e num instante comecei a chorar
tudo tão derradeiro
e lágrimas somente a derramar.

Desejei uma intensa morte
mas não a morte do corpo
não ser jogada a pópria sorte
como uma mosca, um corvo.

Quero a morte da solidão
a morte do desamor
das lágrimas que caem no chão
e desta profunda dor.

Almejo a morte da agonia
que flerta meu intenso ser
a morte da nostalgia
que só me faz sofrer.

Quero poder viajar
na beira do mar
ser feliz e sonhar
poder amar.

Quero a morte da sensação
que estou sozinha neste mundo
de que me adianta a inspiração
se estou no lago profundo.

Quero a morte de tudo que me faz sofrer
de todo passado envaidecido
de todo ardor em meu viver
que deixaram meu osso enfraquecido.

Quero a morte da prisão
de meu próprio interior
quero a verdadeira razão
de um viver em amor.

Quero a morte da tempestade
de toda falsa amizade
de todo falso amor
de tudo que me fornece dor.

Hoje, hoje desejei e morte
mas não a morte física
quero a morte da dor
essa intensifica
e afoga, trás dor.

Hoje desejei a morte
de tudo que me faz mal
quero essa morte
e quero ser normal.

Depois que essa morte acontecer
aparecerá a vida
que mudará a direção do meu viver
e não serei mais sofrida.
PATRICIA PESSOA
Enviado por PATRICIA PESSOA em 18/09/2013
Reeditado em 18/09/2013
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