Ode ao bigode

Logo pela manhã

O vento sacode

O pé de romã

E o bigode

Que o sopro traga bons halitos

(que não sejam de bode)

Sussurre o dito e o não dito

O que pode e o que não pode

Tudo é um ajuntamento de conceitos

Nebulosas, estrela velha que explode

Tudo está correto dentro de seus defeitos

Atrás do bigode

Há um homem curvo e lento

E mesmo que o tempo enlode

Ele sabe que a vida é um tento

E fugir dela é o que não pode

O prosseguir é uma ordem inconteste

É deixar que a Terra rode

Até o fim dos dias que ainda te reste

“...o homem atrás do bigode

é sério, simples e forte.”

Seus dias ele açode

Até renascer no seu leito de morte

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 19/09/2013
Reeditado em 19/09/2013
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