Workaholic
A cada solução um novo problema de expansão.
Quantas horas que se passam dentro da negação.
Do trabalho do homem em cauterização.
Da vida tão sonhada, apreciada em fase de degustação.
Viva vida, vida viva, roda vida, vida roda.
Questões que se caminham como um beco sem castigo.
A velhinha que caminha no pé do dia.
O rapaz que mastiga o doce fruto do pé.
As fazendas que repousam em todo o ver.
E eu aqui plantando o que comer,
para sobreviver nessa terra de prostitutos, prostitutos do saber.
No meu quarto sozinho com a lamparina acesa,
minha avó obrigava seguir a realeza, de um santo
rei ferido, de ego comprido, com os pés sobre a
mesa.
Ah a natureza, que tantos bens tu tens, me provém
um desses também. Que eu quero é madrugar,
matando um leão no lar, sem ter o que me
preocupar, dentro do sistema desse pesque e
pague.
Não se preocupe, que desse emprego eu vou vazar,
ser meu próprio patrão, com dinheiro na mão, sua
vela vai apagar.
Agora dentro de uma outra história, escrita por
um novo lápis comprado em uma quitanda da
esquina. O jeito arrogante, sem um sujeito
ocupante, a matrix adiante, estou no fim do
barbante.
Desde então aparece uma figura holofótica, e num
estalar de dedos e por mistério. Eu acordo de um
terrível pesadelo, está em minhas mãos meu
notebook aceso, esperando aceitar a proposta de
emprego.