POETAR

Para escrever coisas certinhas,

erradas preciso pensá-las.

Nem sempre entendo tudo o que digo.

Digo coisas do meu ser.

Rimas perfeitas, enformadas,

não me servem poetá-las.

Minhas palavras são rebeldes,

escolhem como aparecer.

Vivem inquietas, assanhadas.

Tento domá-las nos paradigmas

dos doutos gramáticos,

mas estão aquém do meu querer.

Gramaticar pensamentos

foge dos meus sonhos de poetar.

Amo a extravagância

revolucionária de minhas ideias.

Ora, igual as palavras

não posso estar na redoma.

Não me encaixo nos clássicos,

sou mais contemporânea.

Gosto de liquidificar sensações,

despejá-las no papel.

Disformes se consolidam.

E ao fim, ficam prontos os meus versos.

Jennifer Melânia
Enviado por Jennifer Melânia em 16/11/2013
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