ALMA MINHA
O que fazer com os sombrios pensamentos
Que vêm junto com temporais e ventos?
Assopram minh’alma e não acalmam
A dor que dói trazendo o desalento.
O vento assopra e assovia
Feito cotovia transcende o peito meu.
Dilacera o coração que segue sem direção
Caminho feito a morte sem vida, sem ninho.
Pela face rolam gotas que cerram o rosto
Um desgosto, como no fado tristonho, morto.
Celebram o fim, um prenúncio, algo anunciado
De uma alma desvalida, sem vida, já cansada.