Ser Caótico

Perfeição infinita

existe sem que saibamos.

Admito ser um ingênuo esperto,

que a vê, mas não a compreende

por ser óbvia e incerta.

Não sei por que vim ao mundo,

minha função nele,

apenas o que pretendo fazer.

Ele é tão imenso, e me distraio

defeituoso e virtuoso

em minha consciência demente.

Diversas pessoas, diversos caráteres.

Não se perde tempo lhes observando.

Não há tempo para a vida,

pois qualquer tempo é para se viver.

Importar-se, além, jamais,

somos nossos únicos donos.

Refere-se serpente ao que é falso.

Mas o que é falsidade?

E quem somos nós, aliás?

Seres, por hora, conservadores.

Então, prefiro me renovar.

Tal quais as serpentes.

Há um problema em confiar,

abrir-se para alguém.

Hoje, olho para dentro de mim,

e posso perceber, então,

que eu era mais feliz,

quando não me apegava a ninguém.

Enquanto vivo, muito se tem ou terá,

a interpretação nos provêm.

Desde a matéria a um cérebro.

Buscamos satisfação onde não há.

Amamos o que está fora de nós,

o que está dentro desperdiçamos.

Ter, ser, viver, sofrer,

faz parte da vida, não há querer.

Não se joga fora o que somos,

mas sim, aperfeiçoa-se.

Não se usa o final para caprichar,

e sim, o todo.

Jonathas Rodrigues

2013 - Paraíso.