A mente se calou
Os dias e segundos
O tempo calmamente vai passando
E eu vou lhe observando
E aos poucos te conhecendo
A sua simplicidade, sua inocência
A sua sutil genialidade
Aquele olhar indefinido
Seu jeito estranhamente delicado
Das paixões desiludidas
Dos conselhos à madrugada
Das previsões ao futuro no entardecer
Nós enfim não entendemos o amor
Envelhecemos, bem velhinhos estamos
Achamos nossa alma incompleta
Que no frio simplesmente nos completa
Aquela sensação incomum nos tomou
Na paisagem devastada
Encontramos uma mão tremula
Um olhar meigo e lúcido
Um sorriso impecável e singelo
Tudo imperceptível aos outros
Nosso corpo, nosso alma, nossa mente
Não são mais os mesmos
Não importa, nosso sonho improvável
Aquele amor majestoso e enigmático
Por fim se tornou real