A mente se calou

Os dias e segundos

O tempo calmamente vai passando

E eu vou lhe observando

E aos poucos te conhecendo

A sua simplicidade, sua inocência

A sua sutil genialidade

Aquele olhar indefinido

Seu jeito estranhamente delicado

Das paixões desiludidas

Dos conselhos à madrugada

Das previsões ao futuro no entardecer

Nós enfim não entendemos o amor

Envelhecemos, bem velhinhos estamos

Achamos nossa alma incompleta

Que no frio simplesmente nos completa

Aquela sensação incomum nos tomou

Na paisagem devastada

Encontramos uma mão tremula

Um olhar meigo e lúcido

Um sorriso impecável e singelo

Tudo imperceptível aos outros

Nosso corpo, nosso alma, nossa mente

Não são mais os mesmos

Não importa, nosso sonho improvável

Aquele amor majestoso e enigmático

Por fim se tornou real

Gustavo Burgarelli Batista
Enviado por Gustavo Burgarelli Batista em 08/01/2014
Reeditado em 08/01/2014
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