Penar

Que pena

o que não foi necessário

levar

Se me fiz pequena

se fingi ser serena

minha vontade de amar

Que pena

os desperdícios

os vícios

que em nada me consumiam

nem extrema alegria

quando meu corpo nada pedia

nem o namorar com a tristeza

nenhum contorno sedutor da vida

Que pena

ingênua ilusão

que nas horas do dia

toma-me toda

afronta a teimosia minha

de negar.

Milene Cristina
Enviado por Milene Cristina em 13/01/2014
Reeditado em 20/03/2014
Código do texto: T4647256
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