MEU MOMENTO
No espaço que ocupo sinto confuso
Ante o movimento constante das coisas
Em minha volta.
Perplexo, assustado, mais convicto
De que nada se fez, se faz ou se fará
Sem esta dinâmica.
Se nesse espaço que ocupo sou o que
No momento posse ser, sou somente por que
Este constante movimento me trouxe
A este lugar.
Houve, há e haverá tanto outros
Espaços a ocupar quanto este que
Estou.
A Vida é assim, pois algo a impulsiona
Talvez confuso, mas nunca sem controle
Pois no fim sempre se vislumbra algo
Extraordinário, rico, belo, calmo, pacífico...
Como quem junta um monte de letras
E delas uma a uma no espaço certo e na
Na seqüência certa forma-se um belo simples
E contemplativo poema.