Que ser vagabundo, eu sou!

Quem sou eu?

Sou mambembe, vagabunda,

Gosto de andar à margem sempre,

Para de fora olhar.

Sou mambembe, vagabunda,

Caminho na vida,

...passeando dentro e voltando sempre à margem...

Para caminhar ao lado e, de fora, poder olhar (melhor).

Sou mambembe, vagabunda,

Gosto de andar à margem sempre,

Para de fora olhar.

Pois que a imersão constante,

Pode sempre contaminar.

Sou mambembe, vagabunda,

Gosto de andar à margem sempre,

Para de fora olhar.

É uma geografia confortável,

De uma estética bonita,

Sem as deformações conservadoras.

É uma ética aprazível,

De uma honesta posição,

De respeito a si e a todos.

Sem corromper ou ser corrompido.

Sou mambembe, vagabunda,

Gosto de andar à margem sempre,

Para de fora olhar.

Sou mambembe, vagabunda,

Gosto de andar à margem, para de fora olhar.

Por isso não ganhei dinheiro,

Mas, entre o dinheiro e o olhar

...sem ser marcadamente voyeur...

Fico com o olhar.

De fora posso rir e me regogizar...

E, de dentro o que posso fazer?

Francisca de Assis Rocha Alves
Enviado por Francisca de Assis Rocha Alves em 19/01/2014
Código do texto: T4655777
Classificação de conteúdo: seguro