FIOS DOURADOS
Sou o que sou...
Não me resumo em atos opacos.
Teço-me pelos fios dourados que faço,
Contornando-me, harmonizando-me,
Neste grande certame que me sulca, me chama...
Sou minha pureza nua e crua...
Como água transparente, conservando minha mente.
E neste duelo de ser, aparentemente interminável,
Quero ser simplesmente eu! Carente ou envolvente,
Carregando comigo uma alma clara, sem mácula,
Das armadilhas que a vida insiste em deixar.
Pois sou corajosa e ardilosa,
Com as injúrias que a vida ousar me ditar.
Sou o que sou! Não nego, no imenso espelho reflexo,
De coisas que sou, almejo e quero...
E, assim surpreendo-me nesta grande jornada do verbo: acreditar.