Deixei e deixei

Deixei a bagunça vazia para trás

E deixei que a brisa me aconselhasse

Deixei de achar que o barulho não era alto

E deixei a música adentrar meus ouvidos

Deixei sair às lembranças não boas

E deixei-me permitir de abraçar o sofrimento

Deixei de querer procurar

E deixei-me vê o que eu já tinha

Deixei os absintos nas suas casas

E deixei-me largar os vícios

Deixei a caricatura do mal não me manipular

E deixei-me se seduzida com as figuras benéficas

Deixei o que não me fazia feliz

E deixei-me ir à busca do desconhecido

Deixei fragmentos de autoflagelo seguir caminho

E deixei-me ser autora dos meus devaneios

Deixei tudo o que poluía a minha mente

E deixe-me saborear as voluntárias paixões

Deixei os raciocínios cansativos e devoradores de energia partir

E deixe-me ser o que eu sempre quis ser

Assim, entre deixar(largar) e deixar(permitir)

Fiz uma faxina com muitos deixares.

Que me deixaram sorver um novo tipo de deixar

Me deixando leve, livre e solta.

Belly Regina
Enviado por Belly Regina em 31/01/2014
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