DESABAFO

José Ribeiro de Oliveira

Que fonte mais abundante

De poesias tão belas

Enquanto eu faço toadas

Trovinhas simples, singelas

Onde se inspiram tanto

Pra brotar tanta beleza

Será que é da mesma lua

Vista com mais agudeza

Ou será que o sol é outro

E outra a natureza

Donde jorram tanto encanto

E versos com tal nobreza

Nem me atiro mais em prosa

Pois é grande a humilhação

Dessa estirpe de poetas

Que causa admiração

Parecem brincar com as letras

Como fossem borboletas

Amarrando num cordão

Qualquer dia levanto bravo

Acabo com a concessão

E vou buscar na mesma fonte

Toda essa inspiração

Aí vocês vão ver dureza

Cordéis, trovas poesias

Disputar bilheterias

E não vai ter pra ninguém

Mas antes disso me digam

A gente escreve pra quem?

Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 02/02/2014
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