Infinito

A beira do precipício me surgiam asas

Caia como uma pluma cai no inverno

Chorava, mas as lágrimas insistiam em não sair com medo da escuridão

Gritava, mas o som da minha voz não era ouvido

Contudo, a cada queda

A cada momento em que ameaçava desistir

A beira do precipício me surgiam asas

Voltava ao jogo

Louco, envaidecido, confuso

Retornava pra mais um round

Cansado, detonado, desgastado

Retornava

A cada vez mais forte

Mais exausto

Machucado

Aparentemente liquidado

Sempre retornava

Até que cai

Morri?

Não

Renasci

Ao cair do precipício me nasceram novas asas

Andarilho das sombras

Rousseau e o Andarilho
Enviado por Rousseau e o Andarilho em 22/02/2014
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