Poema do Mineiro

Conhecedor do solo profundo

Vai galgando pelo mundo

Cada pedra do caminho

De vazante a jusante

Coração fecundo

Céu aberto, arfante

Do ninho ostenta

A mais preciosa

Flor majestosa, cristalina em tudo

Ao cume voz estradeira

Chega logo alvissareira

Ao peito desse amigo de jornada

Não por prêmio costumeiro

Por medalha ou dinheiro

Mas, para ser mais companheiro

Em cada nova escalada

Dá conta do que te afronta

E volta de ponta a ponta

Ao leito dessa estrada

Ao se ver entrelaçado

De rochas por todo lado

Pesquisa com maior cuidado

Textura, dureza, clivagem

E vai ver, da sua imagem

Reflete maior beleza

De um tesouro que rola, cada vez mais fundo

Com toda sua riqueza

Que não reluz para quem o procura

Apenas, espera, onde encerra

Que seja encontrado

www.ruimontese.com.br

Rui Montese
Enviado por Rui Montese em 01/03/2014
Reeditado em 28/08/2020
Código do texto: T4711397
Classificação de conteúdo: seguro