O HOMEM E O VENTO

Eu quero ser como esse vento

Ser, existindo invisível

Ir penetrando assim sedento

Virando em brisa aprazível

Ou elevando ondas no mar...

Poder seguir e dominar

Determinar no céu o clima

Além de dar provas do ar

Moldar as nuvens lá de cima

Fazer chover contentamento...

Então não ver mais um lamento

Nos chãos que racham de secura

Nem ver o verde pelo tempo

Secar por falta de água pura...

E o mundo gira... E o tempo, e o vento...

Até parar meu movimento

Para no homem refletir

Se, se desfaz todo em tormento,

e o mal não cabe mais em si!

O bem terá que renascer...

E refazer o que destruí...!

Autor: André Pinheiro

05/03/2014