ME PERDOEM OS PURISTAS
"- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação."
( Manuel Bandeira)
 
 
Das letras quero a beleza
que venha como vier.
Em cada verso, a leveza
enaltecer, se puder.
 
 
Troco pronomes de lugar,
não me prendo a rimas raras;
se posso falar de luar,
amor, saudade, esperança,
coisas tão simples - mas caras,
pra quem gosta de sonhar!
 
 
Retiro o peso dos versos,
dispenso todas as firulas.
Quero extrair a doçura,
brincar com ritmos, sons
e mergulhar na profundidade
dos significados.
 
 
Usarei todas as licenças poéticas.
Ao engessamento digo:  Não!
Desejo voar sem destino,
deixar que os ventos me levem
ao sabor da inspiração...
 
 
Cultivarei palavras como flores
para que venham as borboletas,
abelhas, formigas, lagartas...
Todas as formas de vida
em profusão, festejando 
a poesia em cores.
 
 
Não troco beijo por ósculo,
nem abraço por amplexo.
Os meus versos não maculo
fazendo rimas sem nexo.
 
 
07-04-2013
AndraValladares
Enviado por AndraValladares em 17/03/2014
Reeditado em 27/01/2017
Código do texto: T4732969
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