Um dia minhas poesias irão se calar

"Um dia meu fim irá chegar e os seres humanos ainda vão ficar por aqui. Muitos irão chorar, outros entristecer, uns ficarão sérios e os restantes nada vai acontecer.

Faço esta poesia para um grande momento em que iremos nos agraciar. Para o ápice da vida, um brusco instante em que não tem como escapar.

Para os mais cautelosos o estilo de viver pode acarretar tempos longos alcançando a longevidade. Tempos idosos que muitos almejam, cercado de saúde, vigor e felicidade.

Quando meu fim bastar, meus rastros poderão ser encontrados nas memórias de meus amigos e nas obras poéticas espalhadas. Este será o meu legado, viva a minha fração dentro de cada um e as loucuras bem lembradas.

Aaah doce vinho da cantina que escorre flamejando pela via digestiva. Escorado no muro acariciado pela brisa, este eis uma bela hora que tanto me cativa.

Penso na morte, medito na morte, projeto o pós morte, todavia não me perturbo com o tal passamento. É tão instigante, pois simples casos torna caótico o pensamento.

Me encontro em dias numa melancolia extrema, com o rosto banhado em lágrimas e o coração apertado. Um podre Doidivanas, com o consolo de sua cama e lôbrego acanhado.

Graças a você, minha insânia, que eu posso declamar em altissonante que: a maior loucura da vida será a hora da minha morte. Pena que isso não é indicio de uma futura sorte.

É melhor eu ficar por aqui, se eu voltar da viagem ao mundo dos sonhos poderei postar esta linda e outras poesias. Mas caso eu não volte, foi um prazer viver esses milhares de dias"

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 28/03/2014
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