Ó FIRMAMENTO

Ó firmamento!

Por onde passa o vento

A brisa e o vendaval...

Da tua cúpula azul claro

Revestida de algodão

Que absorve as águas do mundo

Transformando em chuva e orvalho

Que molham a flor em botão...

Ó firmamento!

Do teu azul profundo

Marinho como a treva

De onde caem e se elevam

As luzes da noite e do dia

Trazendo estrelas distantes

E a lâmpada fria aos amantes

Que se apagam na aurora que irradia...

Ó firmamento!

Testemunha dos dias nevoentos

Das noites feitas de lamentos...

Mas, que alegria sempre olhar-te,

E vendo os pássaros em revoadas

Imaginar que guardas o planeta marte...

Recheada de infinitas moradas

Tua cúpula que nos abriga azulada...

Ó firmamento!

Sendo com sol ou chovendo

Parece que o homem vive descrendo

E caminha com sua fronte ao chão

Com pensamentos tão tristonhos

Em pesadelo esquece os sonhos

Nem vê que desabrocha enfim a flor

Ofertando perfume a imensidão...

Ó firmamento... De amor!

Autor: André Pinheiro

04/04/2014