Uma viagem ao meu interior

Se eu pudesse mudar,

eu mudava.

Se eu pudesse voltar,

eu voltava.

Mas até que ponto?

Qual é o ponto certo,

se o caminho é desconhecido ou

encoberto?

Que vida é melhor,

se só vivemos uma?

Qual é o peso da pluma

e qual é o sabor da bruma,

se não sabemos coisa alguma,

das vidas que já vivemos

ou não?

Se eu pudesse voltar, eu voltava.

Se eu pudesse mudar, eu mudava.

Mudava de país, de planeta.

Voltava até aonde não fui,

por não ter dado tempo de ir,

de ser

ou por nem sequer,

ter tentado ir,

ser ou fazer.

Se eu pudesse voltar, eu voltava.

Mas voltar para quê?

Se eu pudesse mudar, eu mudava,

mas mudar, por quê?