MINHA MEDITAÇÃO
MINHA MEDITAÇÃO
Eu que sempre abri as trilhas
Dos caminhos em que percorri
Hoje percorro caminhos já trilhados
Que não foram traçados por mim.
Não por falta de ímpeto
Mas por uma louca sensatez
Vesti-me de uma doce ilusão
Ou de uma aventura talvez.
Encontro-me sentado no banco da resignação
Sob a sombra de minhas recordações
Despindo lentamente a minha alma
E vendo meu passado dissipando-se.
Como se fosse aspirais de fumaça
De um cigarro que inebria o fumante
Desenhava-se como renda de um tecido diáfano
Desnudando o véu da incerteza.
Agora, esboço um perfil em preto e branco
De um profícuo projeto de gratidão
Mas o sangue percorre em minhas veias
Como o calor fúlgido de uma paixão.
Capanema, 06 de maio de 2014.
Samuel Alencar da Silva