O VIGILANTE - A Facuri

NO INÍCIO DA MADRUGADA DE 10 DE MAIO DE 2014

Poema original de 1981, com algumas alterações

Pisar com cautela

tocar com a maestria possível

a ária dos solos imprevistos.

Olhar os velhos mitos

com a alegria de um marinheiro

que chega

a um novo porto.

Olhar os novos mitos

sem surpresa, como um nauta

que chega

do futuro.

Estar no turbilhão,

em repouso perfeito.

Vigilante,

no vórtice de tudo.

Vigilante

no topo de si mesmo

no topo dos tempos a virem...

irreversíveis reversíveis...

Os tempos...

Vigilante...

Rocha recolhendo os ventos

sem rompimentos de si mesma.

Abraço grande, amigo.

REPUBLICAÇÃO.