A Rosácea da PrisãoTriangular

“As tuas mãos sempre me acalentaram, junto com teus abraços não me permitiram escorregar, e assim, eu me perdi, na tua dança, na tua aura, no teu caminhar”.

Lembra-te do dia em que bailei contigo e todos nos olhavam,

apontavam seus dedos

e nos jogavam objetos?

Mesmo sangrando, o orgulho nos manteve ali,

firmes, porque o amor de verdade é fundação inabalável.

Então eles desligaram o som

e começaram a proferir seus xingamentos mais sujos,

coisas que nós não merecíamos ouvir...

Coisas que nós nunca falaríamos para ninguém.

Mas nós apenas queríamos rodar

e rodar e rodar como um pião...

Estávamos perdidos um no olhar do outro e

então eles vieram com sua força

e nos levaram ao chão,

e nós, desfalecendo, no entanto, sorrindo, mostramos o que eles nunca conheceram,

nunca conhecerão...

FINAL ALTERNATIVO:

Estávamos perdidos um no olhar do outro e

então eles vieram com sua força

e nos levaram ao chão.

E foi assim que eu me perdi.

Sobrevivi sem vida,

sobrevivi sem ti,

sem um pedaço,

sem a tua dança,

sem a tua aura,

sem o teu caminhar.

E eles continuam lá...