TÚNEIS DE FUGA

O poeta vive só

A contemplar o vazio

Imaginando coisas

Quase sempre absortas

Que vilmente iludam.

O poeta vive só

Sonhando de olhos abertos

Um pouco circunspecto

Irrequieto e fértil

Fugindo da depressão

E ao abandono dando vazão.

O poeta vive só

Não se sabe o porquê

Se é acaso do destino

Se é vontade própria

Ou por puro sortilégio

Só se sabe somente

Que trabalha com a mente

Que dá asas a imaginação

E que ininterruptamente

Túneis de fuga ele cria

Através de suas poesias.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 06/06/2014
Código do texto: T4834892
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