Mudar o tom

Diz-se para construir, evoluir, emergir.

Eu até diria vamos desconstruir?

Desconstruir os muros que cercam a face.

Quem de fato vive desconstruindo?

Desinventando?

Quem vive morrendo?

Quem vive nascendo todos os dias?

A cada instante...

Viver é desprender.

É renascer.

E pra renascer eis que deparamos com o chão,

Que pisamos.

Viver é morrer.

E morrer é viver.

Nada como pensar no fim, na dúvida, na tua existência.

Porque ai é que o coração dá um estalo...

E a vida parece um fio.

Na verdade é um fio.

Bem ameno.

Mesmo que ninguém atente pra isso.

Sei que nessas constantes e inconstantes...

Vem à vida,

Vem à arte.

Vem o sonho.

Vem à transformação.

Vem à mutação.

Lapidação deste forte coração.

Nem a folha que acabou de nascer é igual

Tudo muda, já diz a música.

Nada é igual.

Tudo é perecível.

Até os segundos,

Nem as gotas da chuva são iguais.

Nada é igual.

E se fôssemos iguais qual sentido teria?

Ser um ser diferente...

Todos os dias.

Morrer com o por do sol.

E nascer os raios saudando o dia.

Quem mudou de fato?

Fui eu?

Ou foste tu que viste minha mudança?

Ou tu nunca mudaste?

Ou foi o mundo mudou?

Tu também mudaste ou não?

Mônica Sales
Enviado por Mônica Sales em 17/06/2014
Código do texto: T4848837
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