Insônia

A noite estava muda.

O tempo dormia,

A boca bocejava

E só se escutava,

O som do silêncio.

Onde estão os gritos,

Os berros, uivos e latidos.

As vozes e os gemidos.

Só se ouvia o tic tac sonolento,

Do relógio de parede,

Batendo no fundo da minha cabeça.

Tão cheia e imensa,

Da ausência de um gole de sono.

De lado...

Uma cama enorme,

Que cospe e me rejeita.

Os olhos no fundo e despregados.

Corpo exausto e cansado,

De um grande vazio,

De uma noite sem fim.

Candio Domingues
Enviado por Candio Domingues em 21/07/2014
Código do texto: T4890109
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