Eu deixei de ser triste.

Eu tinha o tato

O olfato

O canto dos pássaros

A imagem e o som

E detinha os meus passos...

O orvalho nas folhas refletiam

os raios de sol pela manhã

As andorinhas no inverno

(Uma graça) pousadas nos fios

umas às outras se aconchegavam

Eu tinha calos nas mãos

Feridas na minha alma

E travas no coração:

Um fel à vida amargar

Mas eu podia observar as flores

Eu ainda tinha jardins por onde caminhar

Então, eu deixei de ser triste.