DESAFOGO SENTIMENTAL

Desde pequeno suportando os pesares da vida

Cadê Deus? Porque permite o meu sofrer?

Perguntas depois repetidas

E respondidas com as correções do tempo.

Água da cacimba do meu sentimento

Jorrando na vida a me esperar

Matando a sede, a ânsia de viver

E o choro pelos abandonos.

Depois a reviravolta

Fico mais forte a suportar

E de pirraça torno-me bom em vez de mau.

O que sinto eu falo e o que falo eu sou.

Hoje, a minha volta por cima

Traz-me para os cantos de Minas

Retorno ao barroco

Ao sussurro da rouquidão mineira.

Não espero as mesmas coisas

Mas, um mergulho de lembranças digeridas,

Nos caldeirões do Jequitinhonha

Para um renascer mais forte.

E de braços abertos, gritar bem alto

Num desafogo sentimental.

(17/07/2014)

João dos Reis Filho
Enviado por João dos Reis Filho em 27/07/2014
Reeditado em 27/07/2014
Código do texto: T4898297
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