Os dias da gente
Os dias da gente são como a velocidade da luz
Sempre cheios de motivos para o amanhecer
Não importa o quão pesada é a cruz
Sempre há a esperança de um luminoso alvorecer
Os dias da gente passam sem que se perceba
Entrelaçam-se com o que possa acontecer
Não se interessam pelo que alguém receba
em troca de vivê-los até perecer
Os dias da gente são assim: pontes para a solidão
Prazeres e tantas coisas que não se consegue dizer
Coisas que ficam pra trás, no domínio da escuridão
Que nunca se fizeram entender
Os dias da gente são raridade
São preciosos e ao mesmo tempo sem vozes
Sentidos em qualquer idade
Companheiros e também nossos algozes
Os dias da gente estão aí soltos pelo tempo
Não se importam com o nosso momento
Apenas servem de escada e passatempo
Mas até nos proporcionam certo alento...
Esses são os nossos dias, os dias da gente!