Borboletas Brancas,



Ausência de sentidos,
Sem borboletas brancas,
Pássaros que cantam,
Poema adormecido,

Realidade crua, nua,
De cimento e de concreto,
Beirando o insuportável,
Cálculo milimétrico,

Mas sábio é o equilíbrio,
De dois lados,
Razão e emoção,
O exato, o subjetivo,

Razão se acha certo,
Emoção apenas aflora,
Manhã,tarde,noite,
O desabrochar de uma rosa,

E se entra no sensível,
Rios não se explicam,
Aguas brotam simplismente,
Amores latentes transbordam,
Tristezas profundas afogam,

E viver a margem,
De ares poéticos,
Dá um frio na espinha,
De sobreviver somente,


Marcia Carriles.
Marcya Carrilles
Enviado por Marcya Carrilles em 13/08/2014
Reeditado em 14/08/2014
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