Tráfego

Caminha, perambula na rua escura

À espera da bela lua nua

Que nunca em vida via

Mas, agora que quase morre, desafia

No caminho obstáculos, espetáculos, aplausos

Entre um devaneio e outro cai absorto

Louco diante de um sonho impossível

Somente para os que não sonham

Pedala na sorte de um corte

Um tombo no meio do caminho

Um hino que brade até o fim

Que o lembre da vida que nele habita

Ao fim é mais um a perambular

Por calçadas, praças e estradas

Perambula até que o dia amanheça

E se esqueça de toda a dor

Que o tédio dos dias comuns

Que insistem em um tornar mais um

O lembram todos os dias

Quando acorda e começa a pedalar

Andarilho das sombras

Rousseau e o Andarilho
Enviado por Rousseau e o Andarilho em 02/09/2014
Código do texto: T4947091
Classificação de conteúdo: seguro