Eu a madrugada e as estrelas



Quando, nas madrugadas,
O sono, com mãos pesadas,
Grudam em minhas pálpebras
Tentando de toda forma
Manter os olhos de cílios selados;
Quando o frio, enfim, alcança meus ossos,
Após, a noite toda, acariciar minha pele;
Quando a noite feliz e exausta
Por mais um turno bem sucedido em suas funções,
Começa ceder espaço para o dia que chega;...
Meu Espírito teima em permanecer alerta
Observando, uma por uma, as estrelas sumirem na Imensidão azul!
A cada estrelinha que se apaga, um pensamento:
Sob esse mar de estrelas que, incrivelmente,
Não se derrama sobre nossas cabeças,
A Humanidade vem grafando sua História...
Quantas histórias de luta, de busca, de descobertas,...
Uma emoção a cada estrelinha que se apaga:
Sob esse palco de luzes, a Humanidade vive sua inacreditável saga,
Quantas belas histórias de amor, quantas paixões, quantas traições,...!
A História pesa sobre meu Espírito
E o sono aproveita para me lembrar da cama...
Nem todo café que tomei à noite me mantém acordado...
Tento lembrar da minha própria história,... dos amores:
Importa o agora... agora há um travesseiro vazio ao meu lado...
Durmo! As estrelinhas se apagam... a Estrela Maior invade a Terra...

 
Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 21/09/2014
Código do texto: T4970453
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