A VIDA

 


 

A vida,
segue unissonante na trilha do cavalo branco,
colhe-nos os passos no final dos degraus
e até o gravitar é intenso.
-Eu, permaneço detido em seus braços,
serviçal sobre suas pálpebras.


A vida,
poema enlouquecido
na boca de um pavio ungido.


A vida,
na levedura:
um rio-mar
um ondulante barco-fim.


A vida,
um mergulho fundo
na garapa da cana,
às vezes recolhe o pão
e corta a carne,
uma camisola invertida.


A vida,
é domínio agora e sempre,
ave na claridade,
trânsito contínuo,
nossa sombra
em farpas e vísceras.

A vida,
abocanha a fresta do sol...
quando menos se espera.









(Através do olhar determinante de Chaplin)


 
Edição e Texto: 





 
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 05/10/2014
Reeditado em 06/10/2014
Código do texto: T4988507
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