FINADOS, DIA DOS VIVOS EM DEUS!

“Dia dos mortos, dos fieis defuntos; Finados”!

Dia de visitar aqueles que nos precederam na derradeira caminhada,

Aqueles que um dia ao nosso lado, ou na nossa frente caminharam.

Para muitos, dia de tristeza, até mesmo de amargas recordações;

Para outros tantos, momento de oração, silêncio, contemplação.

Estava um dia bonito: nuvens se formando nas alturas, meio abafado;

As cigarras, numa cantoria desbragada, estridente, renitente,

Na copa das árvores pareciam também saudar seus entes queridos.

Lá do altar, o padre com sua fala contundente, sua estimulante homilia

Tentava acender nos corações, motivos para deixarem o manto de dor

E abraçar a “esperança que não decepciona”, de acreditar na vida eterna.

Certamente, assim como eu muitos foram tocados bem fundo na alma;

Até a natureza que às vezes consideramos insensível, mesmo ela

Pareceu se tocar pelas palavras animadoras do servidor de Deus.

Um vento suave, uma quase brisa soprava no silêncio da oração.

Uma das tantas árvores que por ali existem estava carregada de plumas:

Eram invólucros de sementes aladas; daquelas que se deixam levar,

Sem se preocupar aonde vão cair, em que chão vão se enraizar.

Incrível como aquilo me fez pensar no que diz o evangelho.

“Semente que não morre, não é mais do que semente.”

E elas vão tranquilas ao sabor da viração cair em algum lugar.

Entre pedras, espinhos, em terra boa... não importa.

Há nelas, penso eu, esperança de vida nova;

De ressurreição,

De eternidade,

De Plenitude em Deus.

J. Mercês

2/11/14

JOSÉ MERCES
Enviado por JOSÉ MERCES em 02/11/2014
Reeditado em 02/11/2014
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