Linhas borradas
Muitas vezes me vejo cansada
As vezes insensata
Outras sem nexo
Em plena desconexão com o meu ser
Isso é viver?
Cair e ter que levantar por diversas vezes
Calada
Um chorar por dentro
Um nó no pescoço
Quando não há gravata
Uma aflição que não passa
Como sobreviver?
Será este mesmo o caminho
Um sonho, um destino
Em que o descontentamento de um
Deixa frio o vazio que ficou
E o silêncio das horas
Deixa um torto caminho
Trôpego, em círculos
E é preciso apagar a luz
As lembranças
Amargas, borradas
Uma borracha que passa por cima das linhas borradas